sábado, 25 de julho de 2009

A primeira entrevista agente nunca esquece...


Tive o prazer de entrevistar Fábio Cascadura, um dia desses lá no trabalho. Fábio estava de passagem pelo portal e minha chefe me pediu para fazer a entrevista.

Foi meio de supetão, as perguntas foram feitas na hora, tremi na base, mas foi...




Fabio Magalhães é o fundador da Banda de rock Cascadura, banda essa que já possui mais de 16 anos de existência. Referencia na cena local, é elogiada por muitas personalidades como: Caetano Veloso, Nando Reis, Lobão, Pitty, entre outras. A Banda já tem 4 CD’s lançados, e acabou de concluir seu primeiro DVD - O Efeito Bogary - que conta todo o processo de construção do álbum. Fábio estava de passagem pelo Portal axezeiro.com, e aproveitamos e tivemos um bate papo descontraído com ele.


Portal Axezeiro: Como o rock surgiu na sua vida?


Fábio Magalhães: Como o rock surgiu na minha vida... Através de uma banda chamada The Beatles, que eu acabei conhecendo casualmente. Quando era garoto apareceu uma fitinha cassete. Não sei se você alcançou a fitinha cassete... Tinha uma fitinha cassete lá em casa e eu de curioso coloquei. Tinha curiosidade de ouvir as coisas. Coloquei para escutar. Eu tinha uns 11/12 anos de idade. Ai me deparei com uma coletânea dos Beatles, e meu interesse só foi crescendo, inicialmente pelos Beatles e depois por tudo que dizia respeito à música deles. Não tinha a distinção se aquilo era rock ou não era, a partir disso fui procurando ler, procurando conhecer, procurando ter informações deles, dos contemporâneos e daqueles artistas que contribuíram na formação deles também, e por coincidência talvez ou por predestinação eu acabei conhecendo na época da escola uma serie de outras pessoas que também tinham esse interesse,e acabei formando minha primeira banda. Ainda não tocava nada.


Portal Axezeiro: E qual foi a primeira a banda?


Fábio Magalhães: Não chegou nem a ter nome, era banda de escola. Ensaiávamos no quarto de um dos integrantes, como a maioria das pessoas que começam no mundo da música, nós fomos iniciando bem vagarosamente, ai você começa uma carreira amadora e depois profissionaliza como acontece com todo mundo no universo da música.


Portal Axezeiro: E qual foi a sua primeira banda valendo mesmo?


Fábio Magalhães: Olha, minha primeira banda valendo mesmo, que eu me dediquei quase que profissionalmente formei na época que estudava na Escola Técnica, com mais dois caras que hoje também são muito conhecidos dentro do cenário musical da Bahia e do Brasil, um é Rex, que hoje é baterista do Retrofoguetes, e o outro é o Joe que é baixista da Pitty. Nós nos conhecemos na Escola Técnica e formamos uma banda que tinha a pretensão de ser uma banda de rock Billy, chamado os feios. Fizemos alguns shows no circuito de cultura da escola, depois fizemos alguns shows fora e ai coincidiu com a conclusão do meu curso. Eu conclui o curso fui trabalhar, e pedi pra me desligar da banda porque não estava mais afim, queria me dedicar ao trabalho e prestar vestibular também. Eles seguiram com a banda o Joe e o Rex, e chamaram o Morotó que entrou ainda comigo na banda. Eu ainda fiz alguns ensaios e uma apresentação com Morotó na guitarra e eu cantando e tocando violão. Depois eu sai e eles chamaram o Glauber e a banda veio a assumir o nome de Mosca Billy.Portal Axezeiro: E o Dr. Cascadura, que posteriormente veio a se chamar Cascadura?Como surgiu?Fábio Magalhães: Veio também com o Joe. Ele também aderiu à idéia logo de cara. Como eu falei sai da escola, fui trabalhar na indústria, no pólo petroquímico e me desiludi completamente. Passei uma fase difícil, de buscar interesse em alguma coisa e descobri que o interesse que eu realmente tinha era pela musica. Ai voltei a procurar o Joe que na época se chamava Silvano. Os Feios estavam parados, por outras questões. Chamei o Joe e disse: “Pô, vamos formar outra banda?!”. Começamos a pensar em que banda formaríamos e veio a idéia de formarmos o Dr. Cascadura. Sivano (Joe) chamou um vizinho dele para tocar bateria, e nós ensaiávamos no conjunto onde ele morava lá na cidade baixa. Alguns meses depois ele saiu pra formar o The Dead Billis com a moçada que fazia parte dos Feios e eu segui com o Dr.Cascadura, que virou depois Cascadura.


Portal Axezeiro: Como é tocar rock em Salvador por mais de 16 anos?


Fábio Magalhães: Eu acho que não é tão difícil como em outros lugares, não. Alguns lugares por onde já passei você percebe que existem tantas dificuldades quanto em Salvador. Outros nem tanto, não tem tanta dificuldade, mas o que eu acho que existe na verdade, em relação ao Cascadura é uma obra que já tem esse tempo todo e que já foi absorvida por uma parcela grande das pessoas de Salvador. O público também já mudou. Quem ia aos shows 16 anos atrás, vez por outra aparece. A galera que vai hoje está ai com 18, 20 e até tem a idade da banda. Então para gente, fazer rock em Salvador é fazer rock Salvador.


Portal Axezeiro: Como você avalia projetos como: O Bahia de Todos os Sons, o prêmio Bahia de Todos os Rocks...?


Fábio Magalhães: Essas iniciativas são de se aplaudir. Tem que ter essas iniciativas que são idéias inovadoras para a Bahia, como é o caso do Bahia de Todos os Rocks que foi um cara que teve a idéia de premiar os trabalhos que vinham sendo feitos. São duas coisas: uma forma de congregar a galera e a outra é uma forma de reconhecer o valor do trabalho de uma parcela dos artistas de Salvador, da mesma forma que tem o prêmio do carnaval. Todos esses eventos, prêmios e festivais, cada um deles vai contribuir de uma forma positiva para montagem de um mosaico interessante desse panorama da cidade.


Portal Axezeiro: Como você vê o trabalho da Pitty, para Bahia e para o Brasil?...


Fábio Magalhães: Eu acho excelente. Nós somos parceiros. Compomos uma música juntos. Para mim é um orgulho e um privilégio essa parceria, um projeto que agente vinha pensando já há dois anos em fazer. O trabalho dela eu considero diferenciado porque atinge uma galera que talvez não estivesse ai no rock se não fosse por ela, uma galera que se identifica e que precisava de uma menina com uma atitude como a dela.


Portal Axezeiro: Você já passou por algum constrangimento, ou já foi questionado por não tocar axé?


Fábio Magalhães: Eu acho que nem existe isso...“Porque é da Bahia tem que tocar axé” Não é.Eu particularmente nunca participei de um evento desses, eu já participei de situações onde as pessoas por não conhecerem a realidade das bandas daqui, a produção das bandas daqui, ficarem admiradas com o trabalho. “Pô, o trabalho de vocês é da Bahia?”. Já me deparei com pessoas admiradas com o Cascadura e com outras bandas daqui. Já vi pessoas de boca aberta com a produção do Retrofoguetes, Ronei Jorge, Starla, Aguarraz, uma série de bandas que quando apresentam seu produto acabam causando uma certo impacto.


Portal Axezeiro: E você acha que Pitty contribui para quebrar esse estereótipo?


Fábio Magalhães: Ela contribui também positivamente em relação a isso, mais uma colaboradora. O que falta agora são as pessoas da Bahia, se sentirem tranqüilas e relaxadas em relação ao rock, porque está todo mundo relaxado.


Portal Axezeiro: E hoje em dia você vê melhoras no cenário?


Fábio Magalhães: O cenário de Salvador tem uma produção interessante, sempre teve. Alguns elementos externos e as bandas também tem contribuído para que esse cenário amadureça mais, para que atinja mais amplamente as pessoas de forma objetiva, como é o caso de casas que vem surgindo. Agente tem percebido que a Boomerangue ter surgido foi uma coisa positiva, ocupou uma lacuna que existia. Enfim, “hoje é muito melhor do que já foi antes e eu tenho certeza que amanhã será melhor ainda do que é hoje”.


Portal Axezeiro: Quais são as maiores dificuldades para manter uma banda em Salvador? Você acha que é necessário migrar para São Paulo para alcançar um maior numero de pessoas, ou você acha que hoje não é mais necessário?


Fábio Magalhães: A experiência de você ir para outra cidade ela é valida independente de qual seja, seja São Paulo, Cuiabá, Porto Alegre, Recife. É um intercâmbio que favorece o artista. Ele vê a sua cidade de outra perspectiva. No caso do Cascadura em especial foi uma relação com São Paulo, mas isso se deu de forma natural porque nós estávamos com um disco interessante na época, e queríamos expor isso na grande mídia. Foi uma experiência extremamente positiva, mas voltamos para Bahia para aplicar tudo que havíamos aprendido lá. Então houve todo um processo de amadurecimento e crescimento, devolvendo para cidade de Salvador todo esse conhecimento, esse amadurecimento. Eu acho que agente passou a contribuir mais para Bahia. Passamos também a ter um outro intercâmbio com a própria cidade e com as bandas, uma nova forma de relacionamento surgiu.


Portal Axezeiro: O Cascadura sempre está com trabalhos e planos novos, atualmente quais são eles?


Fábio Magalhães: Agente está concluindo o trabalho do Bogary. Já praticamente concluímos esse trabalho de expor e de mostrar as pessoas as possibilidades do disco, e agora estamos com o viés de lançamento de um DVD que complementa esse trabalho. O Efeito Bogary, ele conta a história da produção do álbum através da banda que executa o trabalho na integra e conta com a contribuição de pessoas que colaboraram com a produção através dos depoimentos. Pitty, Lobão, Felipe Machado, Nando Reis, André T, enfim todos esses companheiros que acabaram se envolvendo no processo de alguma forma, tão ali presentes dando o seu parecer sobre a sua experiência de colaboração com o Bogary.


Portal Axezeiro: E o DVD do Cascadura, já tem previsão de lançamento?


Fábio Magalhães: O DVD está pronto, estamos trabalhando para colocá-lo no mercado para que todas as pessoas tenham acesso.


Portal Axezeiro: Deixe sua mensagem para os internautas que acessam o portal axezeiro.com


Fábio Magalhães: Use camisinha e nunca fale ao celular quando estiver ao volante.



Por Marília Dourado

sexta-feira, 10 de abril de 2009

tudo é fase...

... e tenho dito, alias volta e meia solto essa.
"TUDO É FASE" e é sim, e como sempre falo tenho que aproveitar, aproveitar e aproveitar, pq como tudo é fase, tudo é breve, até demais!
aiai, hoje me vejo em uma situaçao que nunca pensei passar...complicado, muito complicado, mas tô chegando a conclusão que a soluçao pra isso tudo é respirar beeeem fundo e esperar passar...Pq tudo passa, n é mesmo ?

segunda-feira, 30 de março de 2009

Aiai, tava eu hoje assistindo BBB e deparo com DIVÃ (versão filme)
Nossa, tem uns 5 anos +/- que minha tia tava lendo esse livro e esqueceu na casa de minha Vó. Lembro que peguei o livro começei a ler e não consegui mais parar. Lembro também que me identifiquei bastante com ele, na época tinha agenda e gostava de escrever nela, tenho ela até hoje e está recheada de trechinhos do livro. Só sei que deu uma vontade enorme de devorar esse livro novamente, vê como ficou a versão na telona e experimentar sensações parecidas, ou não.

NO AGUARDO POR NOVAS EMOÇÕES !

:)


" O mundo progride, progride, progride e quando vamos analisá-lo no ato final, ele se apresenta o mesmo, estancado há séculos numa única e incorruptível verdade: segue sendo o amor a coisa mais revolucionária que há. Independente de tudo que existe, é o amor que transforma, irrita, movimenta, embeleza, enfeia, impulsiona, destrói, liberta e prende."

Martha Medeiros - Divã

quinta-feira, 26 de março de 2009

Nossa senhora!
tem quase 2 anos que fiz isso aqui e quase 2 anos também que não apareço por aqui.
Pois bem, tô voltando...
e novamente vamos vê no que vai daaaaah

segunda-feira, 14 de maio de 2007

e foi...


...e vamos veh quanto dura neh ?


:))